Me deixe livre,
Não me ronde,
Não me cerque.
Não me obrigue há nada,
Mas, se souberes pedir
Podes ter tudo.
Sou de alma leve, e espírito livre.
Sou riso fácil, mas difícil de confiar.
Sou rasa, sou profunda.
Não gosto de correntes, e prisões.
Sou uma dama da monarquia,
Mas, por vezes,
Sou a rainha no baile da favela.
Não me julgue, não me rotule.
Vivo em constante mutação.
Vivo a busca constante pela evolução.
Vivo em busca do vento libertador
E do sopro do saber.
Me jogo de braços abertos
Com os cabelos ao vento...
E palavras fogem ao vento...
Fecho os olhos e confio,
No Universo,
No infinito,
No macro,
No tudo...
Não aprisione meu coração,
Ele é livre.
Confio apenas no amor que liberta,
E, não naquele que aprisiona.
Sigo rumo ao pôr-do-sol...
Sigo em direção ao vento...
Sigo a borboleta que livre voa...
Sigo o caminho genuíno do amor.
Sou um passarinho itinerante.
Vibro, pulso e respiro,
Liberdade... e... Amor!
(Lílian Neves)